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Taxa de juros em alta afeta o consumo das famílias francanas

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Artigos 14 Mai, 2025
O economista do IE-ACIF, Rodrigo Souza, fala sobre o assunto em artigo especial para o Portal ACIF

O Conselho de Política Monetária reajustou a taxa básica de juros, a SELIC, em 0,50 p.p. no último dia 07 de maio, elevando os juros à 14,75% a.a., a maior taxa desde o ano de 2006.

A taxa Selic – Sistema Especial de Liquidação e de Custódia é a taxa básica de juros da economia brasileira e é utilizada como referência nos empréstimos e na remuneração de títulos públicos federais. Ela é definida pelo COPOM a cada 45 dias, em que é decidido pela sua manutenção ou alteração.

Desde setembro de 2024, quando a taxa Selic estava em 10,75% a.a., os juros no Brasil vêm subindo, gradativamente, em função da alta contínua dos preços. Foram seis altas consecutivas.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação no brasil, apresentou alta considerada nos últimos meses, encerrando o ano de 2024 em 4,83%, acima da meta de inflação do Banco de Central de 3% e do limite máximo permitido de 4,5% ao ano.

Em 2025, a alta dos preços continua persistente, com o IPCA alcançando no mês de abril o percentual 5,53%, acumulado em 12 meses, maior índice desde 2023.

A alta da taxa de Selic é um fator importante para a economia como um todo, pois ela é utilizada como referência de juros para empréstimos e financiamentos e na remuneração de aplicações financeiras.

Com a Selic em alta, todas as linhas de crédito disponíveis no mercado financeiro tendem a aumentar, como os financiamentos de imóveis, veículos, cartão de crédito, cheque especial, entre outros.

A Pesquisa da ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) aponta que os juros médios do cartão de crédito aumentaram 4%, neste período de alta da Selic, passando de 14,58% a.m. em setembro de 2024 para 15,17% a.m. em abril de 2025. O Cheque Especial de 7,74% a.m. para 7,96% a.m., alta de 2,84%, no mesmo período.

Diante deste cenário de juros altos e sem perspectiva de redução no curto prazo, o impacto no consumo das famílias, incluindo as francanas, é imediato, ainda mais em um momento de alto endividamento.

Segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio) do mês de abril de 2025, 77,6% das famílias brasileiras possuem dívidas, sendo que, destas dívidas, o cartão de crédito é a mais utilizada, citada por 83,8% dos entrevistados, seguida por carnês (17,4%), crédito pessoal (10,5%), financiamento de carro (9,0%) e financiamento de casa (8,8%).

Dessa forma, todo reajuste na taxa juros impacta negativamente o orçamento das famílias, tomando boa parte da renda que poderia ser direcionada para novos gastos ou poupança futura.

Diante deste aumento dos juros, adotar medidas de controle financeiro contribuem para que as famílias façam escolhas mais assertivas na hora de utilizar o crédito disponível.

Veja como exemplo, os juros do cartão de crédito, que são considerados um dos mais altos e, ao mesmo tempo, é apontado como principal dívida das famílias pela pesquisa de endividamento da CNC.

Enfim, a orientação que precisa ser fixada é para as famílias adotarem um controle dos seus ganhos e gastos pessoais, mensurando o impacto que uma nova dívida terá no seu orçamento futuro, evitando-se assim o alto endividamento e, consequentemente, o pagamento de juros excessivos.

 

 

Rodrigo Souza -  Economista do IE- ACIF (Instituto de Economia da Associação do Comércio e Indústria de Franca)  Foto: Imagem Freepik

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