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Nova gestão: Unifran dá posse a reitor em cerimônia oficial

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Notícias 06 Mai, 2025
Confira a entrevista exclusiva do Portal ACIF com o prof. dr. Élcio Rivelino Rodrigues, que assume a universidade

A Unifran (Universidade de Franca) empossou, nesta segunda-feira, 5, seu novo reitor, o professor e doutor Élcio Rivelino Rodrigues. A cerimônia aconteceu no teatro central da universidade e contou com as presenças do presidente e vice do Cruzeiro do Sul Educacional – grupo ao qual pertence a Unifran -, Renato Padoveze e André Raeli, e da profa. dra. Katia Jorge Ciuffi, então reitora da universidade, que formaram a mesa solene.

Mais de 250 pessoas participaram do ato, dentre autoridades, professores, alunos e representantes de entidades de classe, como o vice-prefeito de Franca, Everton de Paula, a gerente regional do Sebrae-SP, Iroá Arantes, o reitor do Uni-Facef, José Alfredo de Pádua Guerra, e o presidente da ACIF, Fernando Rached Jorge, que parabenizou o novo reitor em declaração ao Portal ACIF.

“Enquanto entidade de classe que representa milhares de empreendedores francanos, a ACIF parabeniza a Unifran por este ciclo que se inicia. O reitor Élcio Rivelino Rodrigues assume uma instituição de grande importância para o desenvolvimento educacional, social e econômico de nossa cidade. Desejamos sucesso à nova gestão e reforçamos nosso compromisso em seguir parceiros da universidade na construção de uma Franca cada vez mais preparada para os desafios do futuro”, disse Fernando.

   

   

Élcio é farmacêutico-bioquímico, doutor em Ciências Farmacêuticas e mestre em Fármacos e Medicamentos, títulos obtidos pela Universidade de São Paulo. Com uma trajetória sólida na educação, atuou nos últimos sete anos como Pró-Reitor de Graduação da Unifran, onde também presidiu, por cinco anos, a Comissão Própria de Avaliação.

Também tem experiência na docência e coordenação nos ensinos fundamental, médio e profissionalizante, além de ter sido um dos fundadores da Faban (Associação Bandeirantes de Ensino). Desde 2006, integra o Banco de Avaliadores do MEC e, desde 2013, colabora como elaborador de itens do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Entre 2019 e 2025, também contribuiu como Conselheiro do Conselho Municipal de Educação de Franca.

Confira a entrevista exclusiva que o Portal ACIF realizou com o novo reitor, em que ele compartilha suas expectativas para a gestão, destaca os principais desafios da educação superior e fala sobre o papel da universidade no desenvolvimento regional.

O senhor assume a reitoria da Unifran com uma ampla bagagem acadêmica e administrativa. Quais serão suas prioridades para este novo ciclo da universidade?

A prioridade é o ensino. É a gente conseguir fazer com que o jovem veja mais sentido em estar conosco no dia a dia, vivendo o seu aprendizado, ou seja: é torná-los mais participativos e engajados. É este engajamento que vai trazer uma melhor formação para os nossos alunos.

E como o senhor pretende provocar este engajamento? Que tipos de ações o senhor prevê?

Com certeza, a continuação de algo que nós estamos trabalhando, que é a atualização do nosso corpo docente. Eles (professores) foram capacitados, recapacitados, dentro de novas metodologias. Tivemos um tempo de espera, dentro deste processo, que foi o período da Covid, e estamos dando continuidade a este trabalho de implantação das metodologias diferenciadas de aprendizagem. Então, se antes tínhamos aulas expositivas, que não fazem mais sentido, hoje precisamos exercer um novo modelo em que o estudante se envolva com o que ele busca. Se ele buscou a universidade para uma determinada área, é porque ele tem afinidade com esse curso e o que a gente precisa dar a ele são as palavras-chave que irão despertar nele o instinto de querer saber mais.

Com sua experiência no Banco de Avaliadores do MEC, quais seriam, na sua visão, os principais desafios que as universidades enfrentam hoje para manter a qualidade e relevância dos cursos?

A avaliação, no nosso país, é bastante profícua. Nós somos capazes de gerar diagnósticos muito precisos da educação. O que é difícil é converter a educação do país – que é muito diversificada, heterogênea – em políticas educacionais efetivas. Para que isso aconteça, precisamos definir os microambientes. A gente, enquanto instituição, tem uma série de dados, micro dados do Enade, para que a gente possa trabalhar aquilo que pode ser melhorado. Se a gente permitir a ineficiência, mais as dificuldades que o aluno traz – quer seja de sua formação, dedicação ao trabalho, que toma parte do seu tempo de estudos -, vamos juntar vários pontos de “perda de água” e, no final, a gente “passa sede”. A ideia é que a gente se debruce sobre esses macro dados para que transformemos nossas ações em ações mais efetivas para diminuir esses pontos de desperdício do aprendizado. Quando a gente faz isso no nosso micro ambiente e as outras instituições passam a replicar isso no ambiente delas, a gente passa a mudar o cenário de educação nacional.

A Unifran sempre foi uma referência no ensino superior em Franca. Como o senhor pretende fortalecer essa ligação com a cidade e com os jovens que sonham em entrar na universidade?

Acho que são dois pontos dentro da sua pergunta. Uma que tem relação com as entidades representativas dentro da cidade de Franca e da região, pois elas fortalecem a comunicação com as populações que elas atendem. Tê-las fazendo esta interface conosco é bom para todas as partes: para as pessoas, que vão entender mais o que nós temos a oferecer; para as entidades que buscam fortalecer suas atividades e para a nossa instituição, que consegue ser relevante para a comunidade. O outro lado é termos proximidade com o aluno para que ele faça, aqui, aquilo que seja relevante para ele no mundo lá fora. O que nós buscamos não é fazer uma equipe de trabalho dentro de uma disciplina como sendo este o propósito em si, mas, ele constituir uma equipe de trabalho em que ele se imagine atuando no contexto da sua profissão, lá fora. Isso já acontece em muitos países da Europa: equipes de alunos que acabam se tornando empresas. Também podemos ter algo, neste sentido, aqui também.

Sabemos que o mercado de trabalho está mudando rapidamente. Como a Unifran vai ajudar os alunos a se prepararem para essas novas realidades, especialmente em áreas como saúde, tecnologia e educação?

Acho que a questão por área passa pelo aspecto técnico. Se a gente for para o aspecto técnico dessas formações, precisamos pensar em como sermos relevantes para o momento. Agora, no que tange um aspecto geral em relação aos alunos, não é a parte técnica a que mais me preocupa. O que me preocupa mais é o “estar preparado” emocionalmente, em termos de relacionamento e outras skills (habilidades) que eles precisam desenvolver, porque vêm de uma geração que não passou por tantos traumas preparatórios e que hoje precisa descobrir a força, a firmeza e a tomada de decisão em um período em que já está se formando. Percebemos que as gerações anteriores tinham que tomar certas decisões relevantes para a vida numa idade mais jovem.

Quando o senhor fala em traumas preparatórios seria algo como...

Como todos os desafios da vida estudantil e familiar que, hoje, acontecem de uma forma diferente. Nem melhor, nem pior, acho que é mais civilizado, mas, por outro lado, vemos um delay (atraso) nesta tomada de decisão. Ela (geração) foi postergando algumas decisões que agora se confundem com a formação para a vida profissional. Muitas vezes, a gente tinha que tomar decisões que impactavam a nossa vida, ainda na época do Ensino Médio. Para se entrar numa universidade, já se tinha tomado decisões importantes, como, por exemplo, ter que sair de seu domicílio para ir para outra cidade em busca daquela formação específica que, muitas vezes, esse estudante não encontrava em sua cidade... Isso trazia traumas, entre aspas, porque na verdade é um desafio, que provocava um amadurecimento mais cedo no estudante. Hoje, as cidades têm mais oportunidades de cursos, tanto presenciais quanto online... então decisões que precisavam ser tomadas muito cedo foram adiadas. Acho que isso faz com que a gente tenha um desafio maior desses jovens para que eles entendam essa tomada de decisão em relação à vida profissional. Temos que ajuda-los neste momento e não ir para um lugar de culpabilidade, dizendo se é melhor ou pior. É uma característica da atualidade. Nosso papel é dar suporte para que eles sejam mais assertivos neste momento, e isso passa por essa formação emocional, relacional.

Além de formar profissionais, a universidade também pode transformar a vida das pessoas. Como o senhor enxerga o papel da Unifran no desenvolvimento social e econômico de Franca?

Esse desenvolvimento social e econômico passa pelos nossos atendimentos de clínicas, em que a gente presta serviço à população e muitas vezes de baixa renda, não teria acesso a um atendimento diferenciado. Na pandemia mesmo, fomos o único local em que estava ocorrendo atendimento odontológico. As pessoas não deixavam de ter problemas odontológicos no período da pandemia. Tínhamos mais de 400 atendimentos por dia. Temos também atendimentos à população no curso de veterinária, psicologia... A Unifran tem um impacto muito grande na região e isso é algo que vem desde o princípio. A extensão da universidade para a comunidade foi um caminho natural. Quando você coloca a universidade para fora dos muros, você impacta a vida social e econômica da cidade. Temos também a relação direta com a formação de profissionais de todas as áreas e outros campos... Temos alunos que se tornaram vereadores, secretários, prefeitos e isso tudo é impactar a vida social e econômica da comunidade. Quando a gente forma pessoas com qualidade, formação técnica e ética para atuar no mercado, estamos mudando a sociedade.

 

 

 

Tarissa Esteves/Assessora de Imprensa ACIF    Fotos: Divulgação/ACIF

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